24 de dezembro de 2009

Robusto como um molusco

É impressionante como eu lembro de coisas muito malucas na minha vida. Por exemplo quando eu fui comprar meu primeiro amplificador, eu era novinho e fui logo cercado de somente duas opções: um amplificador repleto de efeitos porém limitado à poucos watts de potência e outro exatamente o contrário, poucos efeitos que falava mais alto. Fiquei desde de manhã na loja, me cedi um tempo pra almoçar, voltei e nada. Quando a loja estava fechando fiz minha escolha sob pressão, cansaço e saco cheio de todos. Vendedor, dono da loja, inclusive minha mãe. Agora pra que toda essa indecisão?

Claro que motivado da liberdade de escolha. Ninguém fica indeciso quando exposto a uma obrigação, acho que ninguém ficou indeciso no holocausto: câmaras de gás ou incineradoras? (Desculpe o meu humor negro, ou falta de). É um fato também a necessidade de escolher prioridades, como forma de sanar tal. Com tudo isso, temos consequência o arrependimento.

Outro fato que aconteceu comigo foi, quando moleque, uma professora me chamar de psicopata pois eu falei que não me arrependia de nada. Ela comentou que isso era uma característica forte e digna de uma personalidade psicopática. Eu ri e mais, pensei: "não fode", embora gostasse muito dela.

Não sei ao certo pq cheguei até aqui com esse assunto -o qual posso ir muito além- porém deixarei pra falar coisas mais cotidianas nas próximas postagens. Só queria finalizar com uma frase que li a pouco e gostei:

"Os prudentes em demasia, correm algumas vezes maior perigo do que os audaciosos." (Victor Hugo, in 'Os Miseráveis')