21 de setembro de 2009

Não se trata de terceiros

Quando pensou que ia escrever algo antes de vê-la ou depois, isso era de se esperar. Pois sabia que era algo novo que estaria vivendo e queria assim reproduzir para um papel, eternizar nem que fosse por alguns minutos, antes que a folha fosse amassada, seu sentimento. Mas e ai? Não saiu nada, as ideias fugiram, as palavras sumiram, e ele culpa quem? Ela? A si mesmo?

Não há como prever como as coisas travam. Isso sim era um mistério pra ele, sempre agiu naturalmente e agora parecia que tudo estava se rendendo nem que fosse aos poucos. Como se tirassem suas formas de expressão, tais como a conversa (que sempre foi sua predileta) ele não ousava nem falar.

Pensou alto, articulou, criou hipóteses. Nada mais ou menos válido. Mesmo assim não conseguiu descrever o que se passava. Não estava preso, não estava livre, não rugia nem refugia. Não dormia nem morria. Mas... nada. Agora pensa! E melhor do que pensar ou gastar teorias para algo que não se consegue explicar, ele vive.